segunda-feira, 15 de outubro de 2007

The first Word

Imagino que na primeira postagem em um blog, deva-se explicar o motivo que leva um cidadão cair numa dessas acessíveis formas de gastar o tempo vago, que no meu caso, é bem grande como saberemos adiante.
Eu resolvi cair nesta tentação pelo fato de que gosto de ver minha mão, fina e comprida, se movimentando, é uma das poucas partes do meu corpo que ainda faz algum tipo de exercício físico, me orgulho dela.
Estar aqui, na verdade é fruto de uma confluência de processos, assim como todo ato trás em sim inúmeros fatores, onde é muito possível que a ausência de apenas um deles já seria suficiente para a não realização, ou uma deformidade do ato.
A primeira questão que um “blogueiro” deve ser fazer é: por que, ou pra que ter um blog? O que sinto com isso? E daí então, creio que essa auto-análise o levará a... a nada, mas é que é interessante, tudo o que leva a nada é interessante...
Imagino que depois de um tempo as pessoas comecem a reclamar do blog, tudo isso faz parte de um processo, imagino que o casamento seja assim, no começo entra-se achando ser bom, mesmo sem encontrar motivos que exemplifiquem esse “bom”, com o tempo constata-se que é uma merda mesmo, e aí alguns conseguem se livrar, e o que fazem? Criarão outro blog, ops, arranjaram outro casamento, é que as coisas se mostram tão semelhantes que até me confundi...
Dado que a reclamação é o prenúncio do fim, começarei por ela: e mais adiante, quem sabe quando realmente estiver disposto a dar fim nessa tremenda palhaçada eu explico( e aí talvez já saiba) o motivo de cá estar.

“Process!”

Falando em processos, o para criar um blog é bastante simples, o que deixa nítido que quanto mais inútil a coisa é, mais facilidade temos para criá-la.
Mas daí penso se preencher pura e simplesmente um formulário html é digno da palavra criar, Deus Criou o Universo, Alexandre Criou um Blog! Meu blog é meu universo, o Universo é o Blog de Deus. Bom, na verdade todos os blogs já estão criados, assim como todas as contas em um banco, o que fazemos nada mais é do que “tomar” essa contar do anonimato, é preenche-la, e isso não é criar, é apenas um processo, uma nominação e no máximo uma tentativa de participação num sistema.

“By the way”,

o blogspot divide esse processo em 3 simples passos, onde cada um toma cerca de uma hora, o que para ociosos como eu é uma maravilha, porém, para quem faz o tipo impaciente isso pode ser reduzido para 60 segundos(O processo todo) e isto é até um conselho, afinal, puta contrato chato, eles deveriam colocar logo no inicio que esse contrato é igual a todos os outros que você já encontrou e vai encontrar na utilização de serviços gratuitos, em tese é um regulamento, onde explicita as normas, na praticas as normas: “ta usando por que você quer, eles não pediram para você usar, tu és completamente responsável pelo que aqui fizer e eles não têm a mínima responsabilidade com o que fazem(nem com o que vc faz nem com o que eles mesmos fazem,) deverá se preocupar com o conteúdo, não que ele tenha que ter qualidade, mas você não poderá copiar porcarias de outros lugares, nem reproduzir o sistema, ou parte do sistema bolgspot, ou seja, deverá ser autentico, criando suas próprias porcarias.
Deus foi autêntico, criou o universo, seja autêntico, não o imite!


“Do contrato social!”

Às vezes penso que esses contratos deveriam se dar de forma similar aos mandamentos, não que deveriam ser escritos em pedras, mas usar a forma dogmática e sintética:
Termos de Serviço do Blogger:
Não (nos) copiarás
Não (nos) julgarás
Não reclamarás (de nós)
Não cobrarás qualquer coisa por qualquer motivo em qualquer tempo
Sujeitar-se-á a todas as nossas pervertidas vontades
És completamente responsável
Somos completamente irresponsáveis

Olha, sete mandamentos já são quase suficientes, quando não enfadonhos tamanha sujeição a pleonasmos, deixo três( fica em aberto também a oportunidade para reformulação para os já existentes) para que a imaginação do desocupado leitor possa se divertir, entretendo-se em criar mandamentos(aos outros), é algo maravilhoso, pode acreditar que você nunca ouvirá alguém criando “obedecimentos”.

“Coming back,”
creio que o reclamarás é o mais temido, visto que aos outros eles podem se defender através de mecanismos internos ou, em ultimo caso, judiciais, mas não terão força ou alcance para ver, (embora tenham para prever) impedir, ou punir, quando você se virará para um amigo, sentado no banco do corredor da faculdade e olhando uma bunda grande que passa alguns metros dali, dizer: “Nossa cara, o google e todos os seus serviços são uma merda!” e aí vem a justificativa (desnecessária, porém infinitas): “outro dia estava no orkut...”
Vou tentar me reter de criticar, é meu primeiro dia de blog (blog deve significar merda em sueco! “auh doejr ygr blog!” – *nenhuma dessas palavras existem, nem blog) e tenho que esperar até ficar puto para começar a reclamar do serviço, além do mais criticar é coisa para desocupado.